sábado, 3 de novembro de 2007

2 de novembro sob duas rodas.

Sábado: 08:00h
Ainda ouvia a gaita do Flávio Guimarães, sentia minhas pernas queimando e lembrava da trilha esmigalhada na montanha por onde empurramos sem piedade nossas bikes. No já tradicional spinning de sábado, pensava na melhor forma de conseguir segurar o Marins pelo bigode.

Começamos a sexta-feira afinados. O odômetro da minha bike marcava 35Km/h no canal do Rio morto e seguimos num ritmo “fugindo da polícia” o maior tempo possível. A via crucis começou no recreio. Já chegando em vargem grande ganhamos a mata e então a mata nos devorou sem piedade. Éramos 8 explorando trilhas quase virgens. Nenhum lixo, nenhuma marca,nenhuma casa e também nenhuma certeza do caminho a seguir. Não havia previsão para o final e o grupo dos 8 seguiu em frente sem muitas opções para voltar. O dia de finados nublado nos poupou de um desgaste ainda maior e as subidas intermináveis esgotaram nossos recursos e nossas forças. O tempo correu lentamente. A água e a comida acabaram rapidamente. Morro acima ou morro abaixo empurrávamos e puxávamos as bicicletas entre galhos, pedras e lama. Técnica, força e acima de tudo, paciência e curiosidade, nos acompanharam rumo a uma das trilhas mais bonitas e preservadas que eu já vi. Não era a cidade do Rio de Janeiro! Não havia nada além da mata preservada e exuberante. Foram 07 horas “pedalando e caminhando na companhia das bicicletas” Natan com câimbras, Flávio sem água, André impaciente, Marins nervoso. Onde é que vamos sair? Agora sabemos!
Explorar envolve riscos e requer paciência e habilidade. A recompensa? Saber que só passam por ali de moto ou à cavalo. Definitivamente foi um caminho inusitado. Vencemos a montanha! Foram 38Km dignos de corrida de aventura. Na próxima vou levar a máquina. Tenho andado muito relapso com as fotos.
Obrigado Deus por me dar força, saúde e garra. Obrigado amigos pela companhia, amizade e estímulo.

Amigos,
Espero que todos, na medida do possível, façam parte da história e me ajudem a escrevê-la. Aguardo por vocês nas trilhas e espero que minhas palavras os motivem. Vamos celebrar a vida. Vamos celebrar o que amamos. Vamos celebrar a natureza.

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